MINHA PALAVRA É ESCRITA, CANTADA,FALADA,DESENHADA,MOVIDA E DAÍ NASCE MINHA ARTE.

JÔ MENDONÇA ALCOFORADO

POESIAS E CONTOS DA DEUSA DO AMOR

Meu Diário
11/12/2010 17h04
BRASIL MAIS QUE UM PAÍS UMA INSPIRAÇÃO LANÇADO NO BRASIL E SIMULTANEAMENTE EM GUADALAJARA -MÉXICO
O LIVRO É COMPOSTO DE VÁRIAS OBRAS DE AUTORES BRASILEIROS COM O APOIO DA ACADEMIA DE ARTES ARTPOP E ORGANIZAÇÃO DA ESCRITORA IZABELLE VALLADARES  NA JORNADA CULTURAL EM 04 DE DEZEMBRO CONSTA UM CONTO DE MINHA AUTORIA.
PARAIBA, AS BELEZAS DE UM CANTINHO DO BRASIL - JÔ MENDONÇA
 
Morgana tinha vinte anos, baiana, muito bonita, cheia de vida, alta, olhos pretos bem vivos, grandes e repuxados, nariz achatado e boca bem desenhada por lábios grossos. Sorriso encantador que apareciam dentes brancos e perfeitos. Sua pele negra cintilante cobria o corpo magro e bem feito e seu cabelo preso por tranças lhe dava um ar sensual e exótico. Adorava viajar. Seu sonho era conhecer o Brasil. Estava de férias e verão no Brasil tinha belezas mil. Foi a agencia de viagem e decidiu um tour pelo nordeste em grupo. Comprou a passagem e entusiasmada e feliz por viajar por cidades do nordeste. Vivia bem financeiramente, filha única, e vontades satisfeitas. O avião pousou em solo Paraibano às 05h10m numa sexta feira, dia de muito sol. Hospedou-se com o grupo no hotel Tambaú situado dentro d água banhado pelas águas do mar da Praia de Tambaú. O guia avisou que às 08h00m sairiam ao passeio. O tour pela orla marítima de João Pessoa apresentava as praias de Tambaú, Manaíra, Bessa e camboinha, com o mar verde, belos coqueiros e areia branca cobertas de vegetação rasteira. Tomou banho de mar, água de coco e experimentou comidas típicas da região. Após o almoço o tour seguiu rumo ao Litoral Sul. Diferente de todas as praias de João Pessoa, o Litoral Sul da Paraíba tinha praias com falésias coloridas, rios e lagoas. Praias com ondas, boas para surf e praias de águas calmas. O passeio de buggy as praias de acesso mais difícil, dava para ver a orla repleta de coqueiros, altas falésias, muito mar e areia branca. O litoral sul tinha praias paradisíacas pertencente a dois municípios da Paraíba: Conde e Pitimbu. A grande vantagem da Paraíba, em relação aos outros Estados do Nordeste era a curta distância entre as praias e a capital de João Pessoa. Uma estrada curta levou-a a praia do Amor com falésias, mar calmo, famosa pela pedra furada formada pelas ondas do mar. Tirando fotos foi passeando pela praia de Jacumã rodeada por vilas de pescadores, barquinhos, jangadas, casas de veraneio, comércio e praia de Carapibus, tranqüila e sofisticada com falésias, recifes, corais, piscinas naturais, ondas fracas, rios e lagoas de água doce, casas e pousadas acolhedoras. Chegando a praia de Tabatinga o mar era agitado, com piscinas naturais, recifes e corais. O encontro do rio com o mar deixava-a mais agradável. Seguiu no buggy à praia de Coqueirinho, a estrada de acesso íngreme, de terra com erosão, era uma das mais bonitas com muitos coqueiros na areia da praia, falésias e canyons coloridos, mergulho para visualização de corais e fontes de água doce cristalina com pontos para surf e ondas fortes. Parou no mirante Dedo de Deus com vista deslumbrante e enfim, Tambaba, a praia mais famosa da PB, por ser a primeira praia de nudismo oficial no Nordeste e a segunda no Brasil, desde 1989. Do alto da falésia admirou a vista. Protegida por rochas espaçava 200m das piscinas naturais cercadas por rochas. Uma escada sobre as rochas dava na área restrita aos naturistas, proibido filmar e fotografar. Seguranças controlavam a visitação. Era a visão do paraíso! No verão a praia era invadida por naturistas de todo o mundo. O guia informou que depois do conde tinha a praia de Pitimbu, que foi habitada pelos índios tabajaras e potiguares, que além da caça e da pesca, faziam a extração do pau-brasil, abundante na região, o qual era trocado por comida com os franceses, conhecida como Porto dos Franceses. Morgana entrou com o grupo despido. Por trás dos rochedos linda praia. Estava maravilhada com a Paraíba. O chapéu de praia de cor bege contrastava com a sua pele negra deixando a mostra um corpo escultural. O vento soprava os seus cabelos acariciando e refrescando o calor do seu corpo. Distanciou-se do grupo e foi até ao mar deslumbrada com a paisagem paradisíaca. O mar azul, estonteante e ondas espumantes que iam e vinham batendo nas rochas de pedras em furta cor, fazendo caminhos, beijava os seus pés. A água morna e salgada deixava o cheiro da maresia. Morgana sentia a maciez da areia massageando a planta dos seus pés. Sentiu uma sensação de êxtase e não resistindo o céu azul intenso, o sol que brilhava reluzente, o vento que soprava e cantava em seus ouvidos como uma música, assoviando suavemente e a areia que seduzia o seu corpo, rendeu-se aos encantos e deitou-se se na areia banhando-se nas águas daquele oceano atlântico que atrevido acariciava o seu corpo nu exposto, sem pudor e sem pedir licença. De olhos fechados extasiada e embriagada pela natureza sentia um prazer supremo. De repente alguém cortou o encantamento. Escutou uma voz grave e viril que dizia: Você é Afrodite? A Deusa da beleza e do amor? Só pode ser! Você é linda! Desculpe-me o atrevimento, observava de longe e não me contive. Quero dizer que meu coração está flechado pelo cupido. Não me leve a mal, não costumo ser tão arrebatador, mais não resisti aos seus encantos. Morgana escutou a declaração surpresa e abriu os olhos quase desmaiou sentindo uma pontada no coração e a sensação que seu corpo estava em chamas. O rosto rubro, não se via, e agradeçeu ser negra. Viu que o homem era bonito, alvo, rosto másculo, olhos azuis violeta, nariz afilado, boca bem feita e cabelos loiros. Controlou suas emoções e sorrindo sem jeito, respondeu: Aceito suas desculpas se forem verdadeiras. Morgana independente, não queria mostrar medo e insegurança. O homem abriu um largo sorriso sedutor e relaxado disse: - Meu nome é Apolo, posso sentar? Morgana discreta, olhou o corpo definido e musculoso parecia esculpido a mão de braços cruzado nu diante dela lhe causando mil sensações perturbadoras. A magia do amor estava no ar. Seu coração batia forte e como um imã queria a presença dele. Pronto, o amor chegou para Morgana. O universo e os deuses conspiravam aquele encontro numa praia paradisíaca, uma linda história de amor. Na mitologia a Deusa da beleza e do amor nasceu da espuma do mar, provida de todos os encantos. Dentro de uma concha de madrepérola tinha sido gerada pelas espumas. Quando foi vista por Apolo, Morgana estava no meio de ondas espumantes do mar. A deusa da beleza e do amor se chamava Afrodite para os gregos e Vênus para os romanos. O Cupido, conhecido como Amor era o Deus equivalente em Roma andava com seu arco pronto para disparar sobre o coração de homens e deuses. E esses deuses Afrodite ou Vênus e Cupido estavam presentes naquele lugar onde a natureza e o cosmo se unia fazendo o enlace de dois corações que ansiavam por amor. Apolo vinha pela segunda vez a João Pessoa e convidou-a a passear pela praia. Conversaram alegremente e o sol se pondo era a hora de ir embora. Despediu-se de Apolo ficando marcado para juntos saírem à noite. Mais tarde Apolo chegou ao hotel. Seus olhos brilharam ao ver Morgana num vestido verde esmeralda decotado deixando a mostra um par de lindos seios. Os sapatos e a bolsa da cor do vestido, maquiagem discreta e batom dourado nos lábios. Estava deslumbrante! Apolo muito elegante trajava conjunto azul escuro. Juntos foram jantar no restaurante Pontal do Cabo Branco com uma vista panorâmica da orla marítima de João Pessoa, próximo ao ponto mais oriental das Américas onde ficava o Farol do Cabo Branco. O jantar foi regado a vinho e aconchegado de olhares embevecidos, de um casal apaixonado. Estavam em sintonia e foram divertir-se numa boate. Entre muitos beijos e abraços Apolo que era cineasta, disse:Você me inspirou um filme! Que tal, A Beleza Negra e o Amor da Mulher Brasileira? Morgana sorriu e Apolo pensou que ela era personagem perfeita para sua filmagem em várias cidades do Brasil. Morgana aceitou, seduzida por Apolo e os dias em João Pessoa foram maravilhosos. Foram juntos no tour a Natal, Alagoas, Recife, Fortaleza e Aracajú. O amor que sentiam resultou em um filme. Apolo era um caçador de personagens, tinha laçado sua presa. Encontrou o amor e sua musa inspiradora na cidade de João Pessoa na Paraíba, um dos recantos bonitos do Brasil e viva o amor!


Publicado por JÔ MENDONÇA ALCOFORADO em 11/12/2010 às 17h04
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