Alcoorexia, drunkorexia ou anorexia alcoólica
Alcoorexia, drunkorexia ou anorexia alcoólica
INTRODUÇÃO Iniciamos essa investigação de estudo no inicio do ano de 2009 e mais atentamente dentro do Projeto de extensão Qualidade de Vida: Prevenção e tratamento de doenças com ênfase no uso e abuso de substâncias químicas nas comunidades universitárias e de João Pessoa-PB, na Universidade Federal da Paraíba. Os termos nomeados alcoorexia, drunkorexia ou anorexia alcoólica são palavras que vem sendo utilizadas atualmente e vem causando, principalmente entre as mulheres, transtornos na saúde de ordem psicossocial e física, instigando um conhecimento mais aprofundado das causas desse transtorno. Áreas ligadas à saúde vêm se preocupando com as doenças e transtornos que o álcool pode desencadear e desenvolver na saúde do ser humano. CONCEITO Alcoorexia – Ingestão de bebidas alcoólicas em substituição à alimentação. Anorexia alcoólica, ou drunkorexia – termo usado para definir desordem alimentar associada ao alcoolismo. Drunkorexia é o que terapeutas americanos vêm reportando em números alarmantes: uma mistura de distúrbios alimentares com alcoolismo (e dái o “drunk”, bêbado, em inglês). Os mais atingidos pelo distúrbio, que ainda não possui um termo médico oficial, são jovens universitárias que passam fome de dia para compensar as calorias que ingeriram bebendo na noite anterior. Os anoréxicos, por restringirem severamente seu consumo de calorias, tendem a evitar o álcool. Mas alguns bebem para se acalmar antes de comer ou para baixar a ansiedade de ter ousado fazer uma refeição. E ainda há aqueles que consomem apenas álcool como alimentação. Além disso, há pessoas que exageram na comida e na bebida e depois provocam vômito para eliminar os excessos, o que é mais típico da bulimia. Apesar de evitar comer ou de consumir calorias a todo custo, e por isso evitar o álcool, alguns anoréxicos buscam as bebidas para se acalmarem diante da pressão do apetite ou para aliviar a ansiedade por ter sido indulgente com um bom prato. Tem também aqueles que consomem álcool como seu único sustento. Ou consomem drogas como cocaína e metanfetamina para suprimir o apetite. DESENVOLVIMENTO O uso dos nomes acima citados são para identificar um transtorno alimentar, ou seja, substituição do álcool por comida ocasionando problemas de ordem física e psicológica, podendo ocorrer com mais freqüência entre os jovens e os adultos, na faixa etária entre 20 e 40 anos. Nos consultórios de médicos, psiquiatras, psicólogos, estão chegando pacientes com esse transtorno chamando a atenção da sociedade mundial, principalmente entre as mulheres. O álcool é utilizado como anestésico e auto-medicação para alívio da ansiedade e angústia substituindo a alimentação e conseqüentemente levando a utilização de outros tipos de drogas. O termo foi criado nos EUA para definir o alcoolismo associado a distúrbios alimentares, o que diferencia a alcoorexia do alcoolismo. Estudos psiquiátricos revelam que o alcoolismo, sobretudo em indivíduos do sexo feminino, está associado a transtornos psicológicos relacionados à anorexia, bulimia, depressão e ansiedade. O álcool serve como anestésico para as emoções ruins como a frustração, e no caso da alcoorexia, reduz o apetite. Outro fator assustador é que esses comportamentos são tolerados pela sociedade e pela mídia. Segundo o psiquiatra Hamer Nastasy Palhares, a mídia vê a magreza como padrão ouro de beleza. Há um estímulo a viver perigosamente. As mulheres anoréxicas geralmente usam cocaína e crack, drogas que são inibidoras do apetite, causando consequentemente distúrbios alimentares. Questões sociais e culturais além de outras comorbidades vêm afetando adolescentes, jovens, mulheres e homens. Beber sem moderação pode vir a causar doenças nos sistemas nervosos, digestivos e, em certos casos, no sistema sangüíneo, além de outros males como cirrose, pancreatite, diarréia. Os médicos atentam para um problema grave, já que o álcool é tóxico e causa dependência química e psicológica, vários jovens que mantém a prática estão a beira do desenvolvimento de uma doença pior, o alcoolismo que vem atingindo as mulheres no percentual de 20% a 30%. O aparecimento da anorexia alcoólica começou com celebridades tipo Lindsay Lohan, Kirsten Dunst e Kate Moss, mas mulheres comuns, na faixa dos 20 aos 40 anos, também estão entrando nessa onda. Segundo o diretor clínico do Center for Motivation and Change, Carrie Wilkens, 30% das mulheres alcoólatras apresentam também algum sintoma de anorexia. Mulheres que abusam do álcool são sérias candidatas a adquirir doenças do fígado, cardiovasculares, câncer de mama, osteoporose, distúrbios psiquiátricos, consequências para o feto (nas mulheres grávidas) e problemas de ordem psicossociais. De acordo com uma pesquisa do Ministério da Saúde, as mulheres estão bebendo cada vez mais. Em 2008, o percentual de pessoas do sexo feminino que beberam exageradamente foi de 10,5% contra 9,3% em 2007, e 8,1% em 2006. E de informações de uma pesquisa da Associação Brasileira de Transtornos Alimentares, feita pelo Programa da Mulher Dependente Química verificou que mais da metade das dependentes de álcool ou de drogas que estavam em tratamento tinham algum tipo de transtorno alimentar. TRATAMENTO Um dos caminhos para tratamento da alcoorexia, drunkorexia, ou anorexia alcoólica é feito através de medicação, como ansioliticos para diminuir os sintomas de ansiedade e angústia, terapia personalizada e terapias alternativas, além do apoio da família, é um tratamento que deve ser continuado devido a agravante de complicações psicológicas, neurológicas e físicas. CONCLUSÃO Como identificar esses problemas na saúde dos filhos em casa? Primeiramente observar detalhes de mudanças no comportamento, saídas para baladas, sequelas físicas, alterações do sistema nervoso, certos desmaios, convulsões que podem levar a tumores gástricos, baixo rendimento escolar, acidentes, depressão, isolamento, vômitos, falta de apetite, injeção de bebidas alcoólicas. O que mais vemos, são esses comportamentos com relação ao álcool e beleza estética serem cultuados em jovens e serem tolerados, glorificados ou reforçados pela sociedade. Podemos dizer que em parte a obsessão por ser magra, mais a aceitação da sociedade em relação a bebidas, o uso de drogas e a visão de que, entre as celebridades, é normal e até dá status, é terminar num centro de reabilitação. Além do mais encher a cara, tomar porres é legal, está na moda; ser magra e ter silhueta de manequim são imperativos culturais para as jovens em todo o mundo. A mistura de álcool e o culto à beleza estética já não causam surpresa atingindo proporções epidêmicas. Estudos psiquiátricos revelam que o alcoolismo feminino está associado a transtornos psicológicos relacionados à anorexia, bulimia, depressão e ansiedade. O álcool anestesia emoções ruins como a frustração, e no caso da alcoorexia ou “drunkorexia”, reduz o apetite. O tema incitou a pesquisa por atender alguns clientes que apresentavam o comportamento de Alcoorexia, quero dizer homens e mulheres que estão substituindo as refeições por bebidas alcoólicas com o objetivo de emagrecer. Estando presente um comportamento de abuso de substancias tóxicas. O álcool funcionando como remédio para emagrecer e tem mais os alcoorexicos não bebem cervejas para não engordar, dizem que estufam a barriga, preferem os destilados, mais é bom saber que qualquer bebida alcoólica tem calorias e causa dependência psicológica. Os cuidados e as atenções com os filhos devem ser redobradas como prevenção para supostas patologias e doenças de ordem psicológica, física e mental. Num trabalho de pesquisa sobre o consumo do álcool e alcoorexia orientado por mim e apresentada no ENEX em 2009, pelo colaborador do projeto Qualidade de Vida, aluno de Farmácia Danillo Macedo Gomes, detectamos que não há publicação no SciELO e não encontramos bibliografia sobre o assunto. Concluindo que as pesquisas devem ser mais voltadas a temática alcoorexia, com relação as questões de prevenção e tratamento como fonte de referência para profissionais da área da saúde e afins. Com possibilidades mais eficazes de atenção à saúde e melhoria na qualidade de vida a pacientes portadores desses distúrbios e/ou sintomas. JOSENICE ALCOFORADO DE MENDONÇA Psicóloga da UFPB e Coordenadora do Projeto Qualidade de Vida:Prevenção e Tratamento de Doenças com ênfase no uso e abuso de substâncias Químicas nas comunidades universitária e de João Pessoa-PB e- mail: projetoqvufpb@hotmail.com e-mail: projetoqvufpb@yahoo.com.br Referências bibliográficas: http://www1.folha.uol.com.br/folha/equilibrio/noticias/ult263u579868.shtml http://www.saude.gov.br http://www.corposaun.com/anorexia-alcoolica-combinacao-perigosa/1647/ http://oglobo.globo.com/vivermelhor/mulher/mat/2008/08/16/_drunkorexia_anorexia_alcoolica_atinge_mulheres_jovens-547785566.asp ISKANDARIAN, Carolina. Alcoolréxicos substituem refeições por bebidas e tem comunidade no orkut. Disponível em http://g1.globo.com/Noticias/SaoPaulo.
JÔ MENDONÇA ALCOFORADO
Enviado por JÔ MENDONÇA ALCOFORADO em 19/07/2010
Alterado em 24/07/2010 |